Navego em ondas de loucura que não me deixam descansar.
Fecho os olhos e tento encontrar meio mas ele não existe.
Grito, esperneio e volto a acalmar. Custa-me decerto ter que lutar contra o óbvio. Esbracejo mais uma vez. Tento fugir à fúria que toda a ferocidade da vida me provoca. Corro. Corro pela estrada do desespero, que não me leva a lado nenhum e só me cansa. Fujo. Fujo de tudo o que não gosto, mas tudo isso e mais alguma coisa vêm atrás de mim. Destino. Esse não perdoa e se eu erro, repreende-me e massacra-me até eu me sentir um traste.
Violo as leis da vida e tento escapulir-me da morte que me espera no fundo da estrada, que já no fim, tenta corroer-me ainda mais e tirar-me os restantes de vida que ainda são de meu direito.
Suo, suor da pequena vitória que é viver.
Perco anos de vida, de cada vez que esta me faz tropeçar e cair numa cama de lágrimas. Tento levantar-me, mas contra Fado nada tem força. Contra o que está escrito nada tem mais poder, e desenganem-se aqueles que pensam que é possível escapar por ruas e ruelas, que, descobrimos mais tarde, nos levam ao mesmo sítio, sem hipótese de voltar para trás.
CatarinaMendes, 31.12.12
Às vezes, o silêncio é nosso melhor amigo, acalma as vozes da escuridão. Força Catarina.
ResponderEliminarSerá que é ?
ResponderEliminarObrigado Helena :)
Olá! Deixei-te um desafio em http://patricialopespalavras.blogspot.pt/2013/02/desafio-liebster-award.html
ResponderEliminarBeijinho!
Patrícia